Eu quis fazer um verso ou uma história, escrever um conto ou um poema que falasse de mãe e fosse uma homenagem.Mas, negou-se a ideia, fugiu o pensamento enão pude juntar em frases ou estrofes as palavras que chegaram, de amor, de bem, dizendo dela. A imaginação, antes viva e colorida, perdeu a força e a graça. Ficou vazia e muda.Sem cor, sem som, despida de expressão! Que pena, pensei, seria uma festa a palavra amiga superando o gesto, e no Dia das Mães a gratidão em rimas, que belo presente ela receberia.
Então , busquei nas minhas lembranças o tempo de criança.Quem sabe, ali eu acharia o que dizer dela, o que falar, no segredo da menina magricela que corria descalça no quintal, jogando bola de gude, pulando "amarelinha". E voltei. A casa grande, a porta sempre aberta, e lá dentro a voz que era festa, presença, segurança, um quê de paz, certeza do amanhã. Pouco demais, contudo, para um presente, muito pequena a lembrança da menina.E fui à adolescente. Talvez pudesse me ajudar.No riso do encontro, na alegria da resposta, eu vi o retrato dela.Gozava da vida o que de bom chegava, sem medir o mal que muitas vezes vinha.E usufruia o bem, esperando o melhor.Acreditava no poder da vontade, na força de querer. Para vencer, ela dizia, basta seguir, ter fé, não recuar. Extraordinária mulher!Mas, não era ainda o que eu queria, para lhe dar naquele dia.Então, buscando inspiração, li tudo sobre mãe,frases, versos,rimas, poesia.Só beleza achei. Encantamento. E só verdade havia. Mas falava pouco ainda, faltava muito, não dizia tudo, quem foi minha mãe, minha escola,minha lição.
Falar de mãe e dizer tudo, qual sábio, qual gênio, qual poeta!Que fale do caminho, da luz e do farol e esgote o assunto! Da estrela e guia, do esteio e da alegria. Da festa e da mensagem.Da fé e do heroismo.
Que de mãe, para falar,livro algum existe, palavra, ideia, frase ou poesia, que diga todo bem, toda grandeza.E seja capaz o poeta e seja capaz o artista, de dar em versos, em letra,em música, em canção, do amor de mãe, mais puro e verdadeiro, toda verdade, o que ele faz e é.
terça-feira, 28 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Textos de "O Reto e o Oblíquo"
"Ninguem, nunca, atingiu as fronteiras do melhor"
"O quanto pode o homem lutar e resistir, está além das suas próprias cogitações"
"Felicidade è para velhos e moços. Existe para todas as idades".
"Para ser livre, o homem tem, primeiramente, que romper as suas próprias amarras"
"Se esse bilhâo de pessoas que, pelo mundo espalhadas, recuaram, por achar mínima a própria colaboração, se dessem as mâos, que bela corrente impulsionaria a humanidade..."
"´`E um ato de coragem ser você mesmo, quando todos discordam e pensam diferente."
"
como
"
F
"O quanto pode o homem lutar e resistir, está além das suas próprias cogitações"
"Felicidade è para velhos e moços. Existe para todas as idades".
"Para ser livre, o homem tem, primeiramente, que romper as suas próprias amarras"
"Se esse bilhâo de pessoas que, pelo mundo espalhadas, recuaram, por achar mínima a própria colaboração, se dessem as mâos, que bela corrente impulsionaria a humanidade..."
"´`E um ato de coragem ser você mesmo, quando todos discordam e pensam diferente."
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domingo, 19 de abril de 2009
Goethe
Amigo-Quando iniciei este blog, escrevi como um carimbo,uma marca registrada, uma frase belíssima, pela qual pautei toda a minha vida. Por um lapso de memória deixei de mencionar o autor: Goethe. E quero me redimir, pelo esquecimento.
Meu primeiro contato com Goethe se deu quando, adolescente, desejando conhecer o mundo, naquela ânsia de apreender e tudo aprender, abri um livro, e eu lia bastante, e estava em férias em Guaramiranga, uma serra belíssima no Ceará, me deparei com aquela frase que incorporei à minha identidade, tanto me impressionou! Daquele dia em diante, passei a escreve-la em todos os cadernos que me chegavam às mãos, em todos os livros que eu lia, nas folhas em branco , antes de iniciar um comentário escrito, nos apontamentos, nas cadernetas de notas, como se fosse um prefácio de qualquer página que eu fosse escrever. Goethe épor unanimidade considerado a maior personalidade da literatura alemã.Seu maior poeta, dramaturgo, romancista, ensaista.Escreveu um livro, "Os sofrimentos do jovem Werther", que teve um sucesso extraordinário e foi traduzido para todas as linguas.
Goethe, muito jovem ainda, tornou-se uma personalidade famosa, convidado para residir em Weimar e chegou a ser nomeado ministro do pequeno ducado. A frase de Goethe que tanto impressionou á adolescente e que marcou decididamente a sua caminhada é:
" Dá início a tudo quanto fores capaz de fazer ou imaginar. Na audácia há gênio, força, magia.
Meu primeiro contato com Goethe se deu quando, adolescente, desejando conhecer o mundo, naquela ânsia de apreender e tudo aprender, abri um livro, e eu lia bastante, e estava em férias em Guaramiranga, uma serra belíssima no Ceará, me deparei com aquela frase que incorporei à minha identidade, tanto me impressionou! Daquele dia em diante, passei a escreve-la em todos os cadernos que me chegavam às mãos, em todos os livros que eu lia, nas folhas em branco , antes de iniciar um comentário escrito, nos apontamentos, nas cadernetas de notas, como se fosse um prefácio de qualquer página que eu fosse escrever. Goethe épor unanimidade considerado a maior personalidade da literatura alemã.Seu maior poeta, dramaturgo, romancista, ensaista.Escreveu um livro, "Os sofrimentos do jovem Werther", que teve um sucesso extraordinário e foi traduzido para todas as linguas.
Goethe, muito jovem ainda, tornou-se uma personalidade famosa, convidado para residir em Weimar e chegou a ser nomeado ministro do pequeno ducado. A frase de Goethe que tanto impressionou á adolescente e que marcou decididamente a sua caminhada é:
" Dá início a tudo quanto fores capaz de fazer ou imaginar. Na audácia há gênio, força, magia.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Bulgug-Sá
Eu nunca vou esquecer Bulgug-Sá.
Numa pequena ladeira que aos poucos se vence, cercada de hoteis típicos que insistem na lembrança de que se está na Asia, se inicia a festa. Um certo mistério pouco a pouco irrompe, assalta, nos toma por inteiro. Agora na clareira que se abre, no alto, alargam-se tambem as fronteiras da alma e se tenta captar tudo que chega e vem: o vento no pinheiral,um riso de criança, os tufos de folhagem, o sicômoro vermelho, o lago tranquilo num remanso do rio, uma ponte no meio do caminho,a agua que cai, marulhando, encontrando resposta e eco, lá dentro da gente.
Agora é o silêncio, a sombra, a quietude. Pode-se chegar que o espírito já reza. Eis Bulgug- Sá, o templo. Um dos mais antigos santuários budistas que existem na Coreia
...Solene o momento, ninguem ousa falar. Só o silêncio dá a medida da grandeza do instante.Admira-se a beleza, a exaltação arrepia a sensibilidade e o espírito se dobra ante o mistério, fascinado.Quando deixei Bulgug-Sá, anoitecia. Em mim a certeza de nunca mais tornar, e a convicção de ter provado, nele, em Bulgug-Sá, um pouco da eternidade.
(trecho do livro "Recado dos Ipês)
Numa pequena ladeira que aos poucos se vence, cercada de hoteis típicos que insistem na lembrança de que se está na Asia, se inicia a festa. Um certo mistério pouco a pouco irrompe, assalta, nos toma por inteiro. Agora na clareira que se abre, no alto, alargam-se tambem as fronteiras da alma e se tenta captar tudo que chega e vem: o vento no pinheiral,um riso de criança, os tufos de folhagem, o sicômoro vermelho, o lago tranquilo num remanso do rio, uma ponte no meio do caminho,a agua que cai, marulhando, encontrando resposta e eco, lá dentro da gente.
Agora é o silêncio, a sombra, a quietude. Pode-se chegar que o espírito já reza. Eis Bulgug- Sá, o templo. Um dos mais antigos santuários budistas que existem na Coreia
...Solene o momento, ninguem ousa falar. Só o silêncio dá a medida da grandeza do instante.Admira-se a beleza, a exaltação arrepia a sensibilidade e o espírito se dobra ante o mistério, fascinado.Quando deixei Bulgug-Sá, anoitecia. Em mim a certeza de nunca mais tornar, e a convicção de ter provado, nele, em Bulgug-Sá, um pouco da eternidade.
(trecho do livro "Recado dos Ipês)
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